Basta de perseguição aos petroleiros que lutam contra a privatização da Petrobrás

Nós, abaixo assinados, denunciamos a atitude persecutória da presidência da Petrobras, com o aval do governo federal, de processar os trabalhadores que estão em luta contra a privatização da Petrobrás. Além de estar vendendo a preço de banana o Pré-Sal, que é maior riqueza já descoberta na história do Brasil, e entregando toda a infraestrutura e tecnologia que a Petrobrás desenvolveu ao longo de décadas com o suor e o investimento do povo brasileiro, o governo está querendo entregar de forma ilegal as nossas refinarias.

Por isso, em julho de 2019, Natália Russo, Marcello Bernardo, Eduardo Henrique e Igor Krettli ingressaram com uma ação popular contra a venda das refinarias da companhia. Além de se desfazer de um patrimônio estratégico para o desenvolvimento social brasileiro, esta privatização de ativos de uma empresa estatal está sendo feita de forma totalmente ilegal.

Como resposta, a direção da Petrobras entrou com um processo contra os assinantes desta ação popular, como mais uma forma de intimidação e criminalização daqueles que utilizam um direito constitucional para defender o que acham justo. Além destes trabalhadores que são ligados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a empresa também está atacando outros companheiros ligados à FUP por danos morais e materiais. A empresa exige reparações no valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil) de cada um, processo este que ainda pode virar um inquérito investigativo com claro tom de ameaça.

A privatização do parque de refino brasileiro é parte de uma série de manobras da diretoria da Petrobrás para vender os ativos da companhia. Para burlar a legislação, a empresa tem fatiado a empresa criando diversas subsidiárias para vendê-las uma por uma a toque de caixa, ignorando a vontade da maioria dos brasileiros que é contrária à privatização. Os petroleiros vêm desde 2016, quando começou a política de desinvestimento da Petrobrás, obtendo liminares de suspensão das vendas em quase todos os processos, sendo inclusive citado pela revista do TRT da 5ª Região pela seriedade da nossa luta.

Estes petroleiros, entre eles dirigentes sindicais e um cipista eleitos pela categoria, exercem democraticamente o direito de questionar esta arbitrariedade. Todos aqueles que defendem as liberdades democráticas devem repudiar mais esta atitude antissindical da direção da Petrobrás e cercar e solidariedade os trabalhadores que estão sendo processados. Ninguém fica para trás.